segunda-feira, 17 de maio de 2010

COM A PALAVRA 1: O ACIDENTE ACONTECE ONDE A PREVENÇÃO FALHA

O acidente acontece onde a prevenção falha e desafio qualquer especialista a me provar o contrário. Sabemos que existem três colunas de base de sustentação das ações prevencionistas.

A primeira é a questão do investimento. Não dá para imaginar uma modificação dos comportamentos em um ambiente de trabalho movido por mágica. Tem que existir, minimamente, investimento para a implementação das ações.

A segunda coluna é o comprometimento. Não podemos admitir nenhum programa de gestão de saúde e segurança no trabalho em que as partes envolvidas não sejam devidamente comprometidas. Quando eu falo comprometida, eu entro na questão da visão tripartite, que é protagonizada pela OIT - Organização Internacional do Trabalho. Nesse aspecto, temos que ter o comprometimento do governo, em fazer o papel do Estado regulador e de cobrador das ações; do empresário, que precisa entender que Saúde e Segurança do Trabalho fazem parte do negócio da empresa. Um grande problema que temos hoje, é que o esse empresário foi educado para buscar resultados nos seus processos. As questões de ambiente de trabalho com qualidade estão implícitas, pois, sabemos que esse quesito reflete diretamente nos resultados da empresa; e do trabalhador, que possui sua parcela nesse tema, especialmente, seus representantes do movimento sindical. O principal interessado nas questões de saúde e segurança do trabalho é o próprio trabalhador, com isso ele tem que ter responsabilidade dentro do processo, anexando o controle social a suas, através da informação - que é a terceira coluna - ou do sindicato que o representa.

Existe um questionamento sobre o papel de cada uma dessas três partes que citadas. Começando pelo governo, nós entendemos que se hoje o assunto SST está estagnado. Isso se deve, principalmente, pela falta de ações integradas. Constatamos que existe vontade política, entretanto, isso não basta. Apenas com essa vontade não convergimos em nada que tenha uma sustentação coerente e fácil de mensurar para medirmos o desempenho e a busca do resultado progressivo. Então, o Governo tem que parar com essa indústria de normas e leis, e cuidar bem das existentes, buscando, assim, um modelo de integração, com critérios que possibilitem que a destinação dos recursos contingenciados para a saúde e segurança dos trabalhadores cheguem até os destinatários, sabendo-se que atualmente 90% desses recursos não chegam em seu objetivo/fim.

Na parte empresarial existe a cultura de transferência de responsabilidades. E mais do que isso, existe um entendimento que SST é custo. É um grande equívoco. No dia que o empresário entender isso como investimento, começaremos a mudar a cultura empresarial nessa questão. Portanto, o empresário, é o verdadeiro gestor da SST na sua empresa.

Outro "ator" dessa história é o trabalhador. Quando ele é bem informado sobre os seus direitos, bem informado sobre as condições e comportamentos preventivos nos ambientes de trabalho, ele próprio se encarrega de executar, como também de provocar os demais "atores" a cumprir com os seus papéis.

Por último, entra o papel do especialista, principalmente o Técnico de Segurança do Trabalho. Nós temos que entender que o especialista não é mágico, não faz milagre, e jamais pode chamar para si a responsabilidade total pelos resultados dentro de uma empresa. A classificação correta que podemos dar para o especialista é de "Promotor Técnico" das ações prevencionistas. Ou seja, existe um "promotor investidor" que é o empresário; o "promotor usuário" que é o trabalhador e o "promotor técnico" que é o técnico de segurança do trabalho.

A função do Técnico de Segurança é de Promotor técnico em saúde e segurança do trabalho. Aí nos cabe exercer bem nossa função e desempenhar um esforço concentrado de convencimento dos outros "atores" sobre a importância da questão. Muitas vezes acontece que não temos abertura, ou tempo para desempenhar esse papel com começo, meio e fim. Muitos colegas têm boa vontade e capacitação, entretanto encontra dificuldades por não existir uma engrenagem que possa ajudá-lo a desempenhar essa função. Certamente se entendermos que nenhum acidente de trabalho acontece por acaso, veremos que o "Acidente ocorre onde a prevenção falha"!

Armando Henrique
Presidente do SINTESP

O que é PCMAT?

O PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção) é um plano que estabelece condições e diretrizes de Segurança do Trabalho para obras e atividades relativas à construção civil.

• QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DO PCMAT? 

 
Garantir, por ações preventivas, a integridade física e a saúde do trabalhador da construção, funcionários terceirizados, fornecedores, contratantes, visitantes, etc. Enfim, as pessoas que atuam direta ou indiretamente na realização de uma obra ou serviço;
Estabelecer um sistema de gestão em Segurança do Trabalho nos serviços relacionados à construção, através da definição de atribuições e responsabilidades à equipe que irá administrar a obra.

• EM QUAIS OBRAS É NECESSÁRIA A ELABORAÇÃO DO PCMAT?

A legislação aplicável ao assunto é a Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego, que contempla a Norma Regulamentadora nº 18 (NR-18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção). Esta, em seu item 18.3.1, especifica a obrigação da elaboração e implantação do PCMAT em estabelecimentos (incluindo frente de obra) com 20 trabalhadores (empregados e terceirizados) ou mais.

• COMO É ELABORADO O PCMAT?

A elaboração do programa se dá pela antecipação dos riscos inerentes à atividade da construção civil. De modo semelhante à confecção do PPRA, (item 18.3.1.1 – “O PCMAT deve contemplar as exigências contidas na NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais” ), são aplicados métodos e técnicas que têm por objetivo o reconhecimento, avaliação e controle dos riscos encontrados nesta atividade laboral.

A partir deste levantamento, são tomadas providências para eliminar ou minimizar e controlar estes riscos, através de medidas de proteção coletivas ou individuais.

É importante que o PCMAT tenha sólida ligação com o PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional), uma vez que este depende do PCMAT para sua melhor aplicação.

• QUEM PODE ELABORAR UM PCMAT?

De acordo com a NR-18, em seu item 18.3.2, somente poderá elaborar um PCMAT profissional legalmente habilitado em Segurança do Trabalho.

• QUAL O ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PCMAT?

A elaboração do PCMAT é realizada em 5 etapas:
 

1. Análise de projetos

É a verificação dos projetos que serão utilizados para a construção, com o intuito de conhecer quais serão os métodos construtivos, instalações e equipamentos que farão parte da execução da obra.
 

2. Vistoria do local

A vistoria no local da futura construção serve para complementar a análise de projetos. Esta visita fornecerá informações sobre as condições de trabalho que efetivamente serão encontradas na execução da obra. Por exemplo: verificar o quanto e em que local haverá escavação, se há demolições a serem feitas, quais as condições de acesso do empreendimento, quais as características do terreno, etc.
3. Reconhecimento e avaliação dos riscos

Nesta etapa é feito o diagnóstico das condições de trabalho encontradas no local da obra. Surgem, então, a avaliação qualitativa e quantitativa dos riscos, para melhor adoção das medidas de controle.

4. Elaboração do documento base

É a elaboração do PCMAT propriamente dito. É o momento onde todo o levantamento anterior é descrito e são especificadas as fases do processo de produção. Na etapa do desenvolvimento do programa têm de ser demonstradas quais serão as técnicas e instalações para a eliminação e controle dos riscos.

5. Implantação do programa

É a transformação de todo o material escrito e detalhado no programa para as situações de campo. Vale salientar que, de nada adianta possuir um PCMAT se este servir apenas para ficar “na gaveta”.

O processo de implantação do programa deve contemplar:
Desenvolvimento/aprimoramento de projetos e implementação de medidas de controle;
Adoção de programas de treinamento de pessoal envolvido na obra, para manter a “chama” da segurança sempre acesa;
Especificação de equipamentos de proteção individual;
Avaliação constante dos riscos, com o objetivo de atualizar e aprimorar sistematicamente o PCMAT;
Estabelecimento de métodos para servir como indicadores de desempenho;
Aplicação de auditorias em escritório e em campo, de modo a verificar a eficiência do gerenciamento do sistema de Segurança do Trabalho.

• QUAIS ELEMENTOS QUE DEVEM CONSTAR NO DOCUMENTO BASE?
 

1. Comunicação prévia à DRT (Delegacia Regional do Trabalho)
Informar:
Endereço correto da obra;
Endereço correto e qualificação do contratante, empregador ou condomínio;
Tipo de obra;
Datas previstas de início e conclusão da obra;
Número máximo previsto de trabalhadores na obra. Obs.: Em duas vias, protocolizar na DRT ou encaminhar via correio com AR (Aviso de Recebimento).
2. O local
Entorno da obra
Moradias adjacentes;
Trânsito de veículos e pedestres;
Se há escolas, feiras, hospitais, etc.
A obra
Memorial descritivo da obra, contendo basicamente: Número de pavimentos; área total construída; área do terreno sistema de escavação; fundações; estrutura; alvenaria e acabamentos; cobertura
3. Áreas de vivência
Instalações sanitárias;
Vestiário;
Local de refeições;
Cozinha;
Lavanderia;
Alojamento;
Área de Lazer;
Ambulatório.
4. Máquinas e equipamentos
Relacionar as máquinas e equipamentos utilizados na obra, definindo seus sistemas de operação e controles de segurança.
5. Sinalização
Vertical e horizontal (definindo os locais de colocação e demarcação)
6. Riscos por fase da obra
Atividade x Risco x Controle
Fases da obra
Limpeza do terreno;
Escavações;
Fundações;
Estrutura;
Alvenaria e acabamentos;
Cobertura.  

7. Procedimentos de emergência
Para acidentes:
Registrar todos os acidentes e incidentes ocorridos na obra, criando indicadores de desempenho compatíveis.
Anexar mapa para hospital mais próximo;
Disponibilizar telefones de emergência.
8. Treinamentos
Listar os assuntos que serão abordados considerando os riscos da obra (preferencialmente a cada mudança de fase de obra);
Emitir Ordens de Serviço por função;
CIPA: Constituir se houver enquadramento. Caso contrário indicar pessoa responsável.
9. Procedimentos de saúde
Referenciar a responsabilidade da execução do PCMSO;
Encaminhar ao médico coordenador os riscos na execução da obra.
10. Cronograma
Cronograma físico/executivo;
Estimativa de quantidade de trabalhadores por fase ou etapa da obra;
Cronograma de execução de proteções coletivas;
Cronograma de uso de EPI's;
Cronograma das principais máquinas e equipamentos.
11. Croquis/ilustrações (Em Anexo)
Layout do canteiro de obras;
Equipamentos de proteção coletiva – EPC's;
EPI's;
Proteções especiais;
Detalhes construtivos;
Materiais;
Etc.

PCMAT

 Modelo PCMAT
http://docs.google.com/fileview?id=0B_IPE-PVpHaVNDgyZWQxM2MtOGFiMC00MjhlLTk1YjgtZjJkZGRlOGM3ZDBh&hl=pt_BR

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Níveis de consciência

Uma vez determinado que o local está seguro, aproxime-se da vítima e verifique seu nível de consciência:

(de forma simplificada)

Consciente : quando responde bem e com precisão às suas perguntas básicas como Nome , idade, data , endereço,etc.

Confusa : quando não consegue responder algumas destas perguntas.
Algumas vezes pode apresentar-se agitada e/ou agressiva.


Inconsciente : Está desacordada, não responde ao ser chamada ou movimentada. Parece estar dormindo e assim permanece mesmo muitos minutos após o acidente.
Obvio que não irá desperdiçar estes preciosos minutos apenas observando se ela acorda sem tomar nenhuma atitude.

Lembre-se de sempre manter a calma e ser positivista com a vitima .

Jamais expresse em palavras, expressões faciais ou comentários paralelos sobre a gravidade das lesões, pois isto em nada ajudará o atendimento e tornará a vítima mais assustada do que já está, podendo causar-lhe reações psicoemocionais como aumento da freqüência cardíaca , etc, agravando a situação.

Atue desta maneira mesmo que acredite que a vitima esteja inconsciente, pois ela pode estar semi-acordada e ouvindo tudo ao redor recobrando a consciência em poucos minutos após o acidente.

Plano de ação

Plano de ação
Check - Procure na cena do acidente se novos perigos são eminentes

Ajuda - Peça ajuda especializada

Avalie - avalie os acidentados e escolha o que mais precisa de ajuda

Cuide - aplique seus conhecimentos de socorro

Mantenha - mantenha as vítimas estáveis e aguarde a ajuda chegar
Segurança no atendimento
Toda vez que encontrar um acidente, voce deve lembrar
que a sua segurança vem primeiro !
Antes de se aproximar tenha certeza que não existam riscos como:

fios energizados,
produtos, gases e vapores químicos,
tráfego de veículos,
focos de incêndio,
objetos a ponto de desabar,
etc.

Fatores emocionais em primeiros socorros

Os passos a seguir estão separados apenas para facilitar o aprendizado.
Na verdade, deverão ser avaliados e utilizados praticamente todos ao
mesmo tempo, em questão de segundos.
Por isso a importância de ter sempre em mente um ...

Plano de ação
Uma das chaves de sucesso no socorro, é ter certeza que sua "ajuda" não irá piorar o problema!
Isto significa que não deve tomar atitudes que vão além de seus conhecimentos...
Deve ter em mente um plano de ação claro sobre como agir.
Isto o ajudará a manter-se calmo, evitará que voce se torne mais uma vítima e o tornará mais efetivo no socorro !

Pessoas com algum treinamento tendem a sofrer apenas de ansiedade no momento do atendimento.
Será natural que se tornem líderes nesta hora.
Uma atitude positiva auxiliará positivamente todas as pessoas a sua volta e tornará o acidente menos traumático.

Não raramente, algumas pessoas podem precisar de auxílio psico emocional passada a fase emergencial, seja por frustraçao de não ter conseguido manter a vida ou pela alegria do sucesso.

Fatores emocionais em primeiros socorros

Diante de uma emergência, as pessoas apresentam reações emocionais variadas.
Abaixo encontramos as mais comuns:


Ansiedade:
é normal e compreensivo que fiquemos ansiosos diante de uma emergência, porém de forma controlada que nos permita tomar as medidas emergenciais corretas. tão logo seja possível.


Pânico:
algumas pessoas tendem a entrar em pânico e não conseguem tomar qualquer atitude.


Depressão:
outras entram em depressão, choram se isolam das vítimas e também são incapazes de ajudar.
Disfunção orgânica:
apresentam desmaios, tremores, etc tornando-se mais uma “ vítima ”
a ser socorrida.
Hiperatividade:
o famoso “ busca-pé ”; agita-se , corre para todo lado tentando ajudar a todos.

Quando suspeitar de uma lesão na coluna

Convêm inicialmente definir que:

URGÊNCIA :

É um fato onde uma providência corretiva deve ser tomada tão logo
seja possível.


EMERGÊNCIA :
É um fato que não pode aguardar nenhum período de tempo para que seja tomada a devida providencia corretiva, Geralmente existe risco de vida.



Primeiros Socorros

Objetivo deste conteúdo:
Desenvolver competências para prestar auxílio imediato à vítimas de acidentes e mal súbitos, mantendo-a com vida até a chegada de auxílio competente, reduzindo complicações por atendimentos totalmente leigos e intepestivos.

Conceito:
Primeiros socorros é o cuidado imediato à alguém ferido ou doente,com a finalidade de:

Preservar a vida
Promover a recuperação
Prevenir que o caso piore

Tratamento não é a finalidade dos primeiros socorros!
Isto deve ser indicado e executado por profissionais habilitados,
em locais adequados.

Quando suspeitar de lesão na coluna ?
Quando suspeitar de lesão na coluna ?
Quando suspeitar de lesão na coluna ?
Quando suspeitar de lesão na coluna ?




Quando suspeitar de lesão na coluna ?
Desta forma após realizar o primeiro atendimento, solicite ou encaminhe a vítima para avaliaçao médica !

Curso NR 10 2º Módulo


Técnicas de análise de risco
http://drsergio.com.br/nr10/ARQV/M2/1%20Tecnicas%20de%20analise%20de%20risco%2005102005.pps
Riscos adicionais
http://drsergio.com.br/nr10/ARQV/M2/2%20Riscos%20adicionais%2005102005.pps

Regulamentação do MTE
http://drsergio.com.br/nr10/ARQV/M2/3%20Regulamenta%e7%e3o%20do%20MTE%2005102005.pps
 

Equipamentos de proteção coletiva
http://drsergio.com.br/nr10/ARQV/M2/4%20Equipamentos%20de%20prote%e7%e3o%20coletiva%2005102005.pps

Equipamentos de proteção individual
http://drsergio.com.br/nr10/ARQV/M2/5%20Equipamentos%20de%20prote%e7%e3o%20individual%2005102005.pps
 

Acidentes de orígem elétrica
http://drsergio.com.br/nr10/ARQV/M2/6%20Acidentes%20de%20origem%20el%e9trica%2005102005.pps

Responsabilidades
http://drsergio.com.br/nr10/ARQV/M2/7%20Responsabilidades%2005102005.pps

Proteção e combate à incendios
http://drsergio.com.br/nr10/ARQV/M2/8%20Prote%e7%e3o%20e%20combate%20a%20inc%eandio%2005102005.pps
 

Prova módulo 2
http://drsergio.com.br/nr10/ARQV/M2/Avalia%e7%e3o%20Modulo%202.pdf

sexta-feira, 7 de maio de 2010

ORIENTAÇÃO BÁSICA


ORIENTAÇÃO BÁSICA


SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO – PORTARIA 3.214 DE 08/06/1.978
Lei 6.514/78 Capítulo V da C.L.T
01º. SESMT – NR-04 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho - Port. 33/83 _ obrigatoriedade, formação e dimensionamento.
Registro no M.T.E. – 03 vias – Requerimento, Ficha de registro de empregado dos
Profissionais, registro profissional .
02º. CIPA – NR – 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (protocolo na SDT )

a) Geral – Portaria 08/99
b) Rural – CIPATR – NR 31 – Portaria 86 de 03/03/2005
c) Construção Civil – NR- 18 ( Port. 04/95) c/c Port. 08/99 e 33/83(dimensionamento)- Port. 24/99
d) Mineração – CIPAMIN – NR-22 – Port. 2.037 de 15/12/99
e) Portuários – CPATP – NR – 29 - Portaria 53 de 17/12/97
f) Transportes – Portaria 08/99 c/c Port. 16 de 10/ 05/2001( dimensionamento)
g) Trabalho Aquaviário – NR – 30 Port.34 de 04/12/2002 – dimensionamento através de acordo coletivo

03º. – E P I - NR – 06 – Equipamento de Proteção Individual – Port. 25 de 15/10/2001( uso, fornecimento,
obrigatoriedade, lista de equipamentos, CA ( Certificado de Aprovação), a empresa deve possuir a
Ficha de entrega do EPI ao funcionário, com termo de responsabilidade e assinatura do trabalhador e
C.A.( número do Certificado de Aprovação do equipamento dado pela FUNDACENTRO ).

04º. PCMSO - NR -07 ( Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) Port. 24/94
ASO- Atestado de Saúde Ocupacional – admissional, periódico, mudança de função, retorno e
Demissional. Exame de retorno para afastamentos superiores a 30 dias ( exclusive férias).
PCA – Programa de Controle Auditivo – Port. 19/98
Médico Coordenador: é aquele responsável pelo PCMSO.
Médico Examinador: pode ser o próprio coordenador ou outro indicado por ele no PCMSO.
Custeio dos exames médicos e/ou complementares: por conta da empresa.

05º. PPRA – NR- 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – Port. 25/94
PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construção – Port.04/9
(obrigatório na construção civil, em estabelecimentos a partir de 20 empregados, deve contemplar as
exigências da NR-09, vai substituir o PPRA)
PGR - Programa de Gerenciamento de Riscos – Port. 2.037 de 15/10/1.999 – substitui o P P R A nas
Empresas de mineração.

06º. Insalubridade: NR – 15, e art. 189 a 192 da CLT – exposição a agentes nocivos `a saúde –
adicional definido por Levantamento Ambiental conf. NR- l5, elaborado por Médico do Trabalho ou
Engenheiro de Segurança do Trabalho (art. 195 da CLT) 10, 20 ou 40 % do salário mínimo.

07º. Periculosidade – NR’s – 16, 19 e 20 c/c art. 193 da CLT - trabalho com exposição a combustíveis ,
inflamáveis e explosivos. Adicional definido através de Levantamento realizado por Médico do Trabalho
ou Engenheiro de Segurança do Trabalho ( art. 195 da CLT). Adicional: 30 % do salário ( sem acréscimo
de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa). Setor de energia elétrica: Dec.93.412/86
anexo – quadro de atividades e área de risco.

08º. Ergonomia: NR – 17 – Port. 3.751 de 23/11/1.990 – adaptação das condições de trabalho às
caracteristicas psicofisiológicas do trabalhador. ( transporte manual de materiais, posição em pé, e/ou
sentada, postos trabalho, iluminação, digitação/ pausas).

09º. Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho – NR – 27 – Port.13/95 – sómente o
Técnico de Segurança fará seu registro no Ministério do Trabalho, os demais profissionais de segurança
serão registrados nos Conselhos respectivos de cada categoria.
Registro do Técnico de Segurança do Trabalho: Requerimento ( 02 vias – modelo da NR-27),diploma
registrado no MEC, histórico escolar, RG, CPF- cópias xerox, apresentar originais para autenticação).

10º. Caldeiras – NR – 13 – Portaria 23 de 27/12/1.994 - Caldeiras e Vasos sob pressão – Prontuário, Livro
de Registro de Segurança, Projeto de Instalação, Relatórios de Inspeção, tipos, prazos para inspeção e
teste hidrostáticos, Profissional Habilitado, Caldeireiro, Treinamento de Segurança na Operação de
caldeiras.
11º. PAT – Programa de Alimentação do trabalhador: visa situação nutricional do trabalhador, visando
promover sua saúde e prevenir doenças ocupacionais. Refeições fornecidas, valor nutricional. Refeitórios.
Dedução do Imposto de Renda da Pessoa jurídica. Lei 6.321/1976, Lei 9.532/1997, Decreto 05/1991, Decreto 349/1991, Decreto 2.101/1996, Portaria Interministerial 05/1999, Portaria MTb 87/ 1997,
Portaria M.T.E. 1.963/1999, Portaria Interministerial 326/1977, Instrução Normativa DRF –16/1992,
Lei 6.542/1978, Portaria Interministerial 3396/1978, Port.Interm.01/1997, Port. SSST 13/1993.


REGISTRO DE SESMT

Registro de Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT
Documentos necessários:
Anexar fotocópia dos seguintes documentos, referentes ao profissional responsável:
Ficha de registro de empregado, contendo nome completo, CPF, carga horária diária 
(entrada, saída e intervalo para refeição), cargo e função de sua especialidade;

2. Se o profissional for Técnico de Segurança do Trabalho, anexar a carteira de técnico;3. Se for auxiliar de enfermagem, anexar diploma / certificado do curso, com habilitação para Auxiliar de Enfermagem do Trabalho;
3. Se for enfermeira, anexar diploma / certificado do curso, com habilitação para Enfermeira do Trabalho;
4. Se for engenheiro, anexar diploma / certificado do curso, com habilitação para Engenheiro do Trabalho, e6. Se for médico, anexar diploma / certificado do curso, com habilitação para Medicina do Trabalho

domingo, 25 de abril de 2010

Doenças Oculpacionais


Silicose

A silicose é uma forma de pneumoconiose causada pela inalação de finas partículas de sílica cristalina e caracterizada por inflamação e cicatrização em forma de lesões nodulares nos lóbulos superiores do pulmão.
Provoca, na sua forma aguda, dificuldades respiratórias, febre e cianose. Pode ser confundida como edema pulmonar, pneumonia ou tuberculose.
Foi identificada pela primeira vez por Ramazzini, em 1705.
A silicose comumente afeta os mineiros, após anos de inalação da sílica presente no ar dos túneis e galerias. A sílica se deposita nos alvéolos pulmonares furando células e rompendo os lisossomos que derramam suas enzimas que destroem os alvéolos. A silicose causa dificuldade respiratória e baixa oxigenação do sangue, provocando tontura, fraqueza e náuseas, incapacitando o trabalhador.
A silicose além de ser a mais antiga e mais grave das doenças pulmonares relacionadas é também a mais prevalente à inalação de poeiras minerais. É uma fibrose pulmonar nodular causada pela inalação de poeiras contendo partículas finas de sílica livre cristalina que leva de meses a décadas para se manifestar. Com uma evolução progressiva e irreversível a Silicose é considerada uma doença ocupacional que causa graves transtornos de saúde ao trabalhado e pode provocar incapacidade para o trabalho, aumento dos riscos de tuberculose, invalidez e, com certa freqüência, ter relação com a causa do óbito do paciente. A descrição da doença já foi relatada há muitos séculos, no entanto a possibilidade de prevenção só foi cogitada a partir do século XX. A importância da prevenção e do combate à silicose motivou a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) a lançarem em 1995, conjuntamente, um programa de erradicação da Silicose. As três formas mais importantes da sílica cristalina, do ponto de vista da saúde ocupacional são o quartzo, a tridimita e a cristobalita. Estas três formas de sílica também são chamadas de sílica livre ou sílica não combinada para distingüí-las dos demais silicatos.

Asbestos

A fibrose pulmonar causada por inalação de asbestos é chamada de asbestose. A palavra asbesto vem do grego e significa inextinguível, e o asbesto é um grupo de silicatos fibrosos resistentes ao calor que existe na natureza. A pneumoconiose é o termo geral para a doença pulmonar causada por inalação e deposição de poeira mineral.
As fibras do asbesto são longas e finas (razão comprimento-diâmetro > 3) e podem ser curvas ou retas. As fibras curvas são chamadas de serpentinas (crisotila é o exemplo primordial) e as fibras retas são chamadas de anfibólios. Os pesquisadores reconhecem cinco anfibólios diferentes: (1) amosita, (2) antofilita, (3) tremolita, (4) actinolita e (5) crocidolita. A crisotila é, de longe, o tipo mais comum de fibra de asbesto produzida no mundo.
A produção e o uso de asbestos aumentaram muito entre 1877 e 1967. Nos anos 1930 e 1940, os cientistas reconheceram uma ligação causal entre a exposição ao asbesto e a asbestose. Nos anos 1950 e 1960, os pesquisadores estabeleceram o asbesto como um fator predisponente para o carcinoma broncogênico e o mesotelioma maligno.
Asma

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios.
Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos. (GINA – Iniciativa Global para a Asma)
Na definição acima, temos algumas pistas importantes sobre esta doença:
Doença inflamatória: – significa que seu tratamento deve ser feito com um antiinflamatório.
Doença crônica: – a asma não tem cura, mas pode ser controlada.
Indivíduos susceptíveis: – nem todas as pessoas têm asma; é preciso ter uma predisposição genética que, somada a fatores ambientais, determinam a presença da doença.
Episódios recorrentes de sintomas:- os sintomas não estão presentes o tempo todo, são as manifestações de uma piora da inflamação, este sim presente cronicamente. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos: é a inflamação que deixa as vias aéreas mais sensíveis, o que confirma o importante papel da inflamação nesta doença.
Quando expostos a estímulos, as vias aéreas se tornam edemaciadas, estreitas, cheias de muco: - existem estímulos que desencadeiam as crises de asma. A presença destes estímulos, que também chamamos de desencadeadores, causa o inchaço, a presença de muco e o estreitamento das vias aéreas dificultando a passagem de ar, daí os sintomas da asma nos momentos de crise.

Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população. Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados somente pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos.
Se não for tratada, a asma pode ter um impacto significativo na qualidade de vida de uma pessoa. No entanto, se controlada, é possível levar uma vida produtiva e ativa.
Antigamente, a asma era chamada de bronquite, bronquite alérgica ou bronquite asmática. O nome asma estava vinculado aos casos mais graves. O nome correto é simplesmente ASMA.
A bronquite é, na verdade, a inflamação dos brônquios e diferente da asma pode ter sua causa bem definida, por exemplo, uma infecção por bactérias ou vírus. Também difere da asma por apresentar um tempo de início definido e poder ser totalmente tratada.
 

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Links Material do Curso de Nr 10 (1° Módulo)


Eletricidade básica
Energia elétrica
Lei de Ohms
Magnetismo
Corrente elétrica
Corrente alternada
Circuitos elétricos
Circuitos trifásicos
Potencia elétrica
Potencia em CA
Resistência elétrica
Tensão elétrica

Transformadores

PROVAS
  1. http://www.drsergio.com.br/nr10/ARQV/M1/Apresenta%e7%f5es/Transformadores__.pps
  2. http://www.drsergio.com.br/nr10/ARQV/M1/Ex%e9rcicio%20de%20Eletricidade%20B%e1sica%20ELKT/Prova2.pdf
  3. http://www.drsergio.com.br/nr10/ARQV/M1/Ex%e9rcicio%20de%20Eletricidade%20B%e1sica%20ELKT/Prova3.pdf

SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho

O SESMT tem por objetivo a promoção da saúde e a proteção da integridade física do servidor no seu local de trabalho, e a norma que rege esses serviços é a NR4, aprovada pela Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho.
A base para o surgimento do SESMT no âmbito da administração pública deu-se pelo Programa Saúde no Serviço Público, que tem como desafio implementar a cultura de preservação, promoção e proteção da saúde física e mental dos servidores.
Como a Instrução Normativa n.º 14/06 estabeleceu em seu art. 1º, os órgãos e entidades da administração pública estadual direta, autárquica e fundacional, no âmbito do Poder Executivo, devem constituir o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), bem como mantê-lo em regular funcionamento.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Treinamento

O treinamento é uma ferramenta de ensino que deve ser utilizada por todas as
empresas para que possa desenvolver habilidades, conhecimentos, atitudes e
comportamentos em seus colaboradores, para que produzam mais e com qualidade,
gerando lucratividade para a empresa.

Treinamento é um processo de transmissão de conhecimentos específicos
relacionados ao trabalho, aplicado de maneira sistemática e organizada, onde as pessoas
aprendem conhecimentos sobre atitudes, habilidades e maneiras de comportamento,
para a realização dos objetivos da empresa. Também é o ato de aumentar o
conhecimento para desenvolver habilidades especializadas. O treinamento é um
investimento empresarial que tem por finalidade ajudar a alcançar os objetivos da
empresa capacitando uma equipe e trabalho através de conhecimentos e aprimorando as
habilidades individuais para reduzir ou eliminar erros de desempenho para que se possa
atingir a maior lucratividade para a empresa. Assim, o treinamento não é despesa e sim
um investimento precioso e necessário, pois os retornos são altamente compensatórios
para a organização (CHIAVENATO, 1999). Os principais objetivos do treinamento são:
- preparar os trabalhadores para exercerem as diversas tarefas da organização, através da
transmissão de informações e com o desenvolvimento das habilidades.
- criar oportunidades para o desenvolvimento pessoal, tanto para os cargos que o
trabalhador ocupa como para os que possivelmente poderá ocupar.

terça-feira, 20 de abril de 2010

CAT - Cadastro da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT

A Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT foi prevista inicialmente na Lei nº 5.316/67, com todas as alterações ocorridas posteriormente até a Lei nº 9.032/95, regulamentada pelo Decreto nº 2.172/97.
A Lei nº 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente do trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS, sob pena de multa em caso de omissão.
Cabe ressaltar a importância da comunicação, principalmente o completo e exato preenchimento do formulário, tendo em vista as informações nele contidas, não apenas do ponto de vista previdenciário, estatístico e epidemiológico, mas também trabalhista e social.


Abaixo tem os links para os documentos e programas:
http://menta2.dataprev.gov.br/PREVFacil/PREVForm/BENEF/pg_internet/ifben_visuform.asp?id_form=36
http://www.dataprev.gov.br/servicos/cat/cat.shtm
http://menta2.dataprev.gov.br/PREVFacil/PREVForm/BENEF/pg_internet/ifben_visuform.asp?id_form=37
http://www.previdenciasocial.gov.br/arquivos/compressed/3_081020-105039-123.zip

Equipamentos de Proteção Individual (EPI's)

Por que utilizar EPI‘s

O uso seguro de produtos fitossanitários exige o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s). As recomendações hoje existentes para o uso de EPI’s são bastante genéricas e padronizadas, não considerando variáveis importantes como o tipo de equipamento utilizado na operação, os níveis reais de exposição e até mesmo das características ambientais e da cultura onde o produto será aplicado. Estas variáveis acarretam muitas vezes gastos desnecessários, recomendações inadequadas e podem aumentar o risco do trabalhador, ao invés de diminuí-lo. Estando cientes da possibilidade na recomendação de rotulagem para assegurar a proteção do trabalhador, desenvolvemos este material com os seguintes objetivos:
  • ·                     aprofundar a discussão sobre o uso adequado dos EPI’s;
  • ·                     otimizar os investimentos em segurança;
  • ·                     aumentar o conforto do colaborador;
  • ·                     combater o uso incorreto, que vai desde o não uso até o uso exagerado de EPI’s;
  • ·                     melhorar a qualidade dos EPI’s no mercado;
  • ·                     acabar com alguns mitos.
Ao final, esperamos ajudá-lo a identificar e avaliar de forma mais criteriosa o risco, em função dos níveis de exposição ao produto fitossanitário e da operação a ser executada nas Linhas de Produção, assim como a maneira pela qual você recomenda, adquire, usa (veste, tira, lava, guarda) e descarta os EPI’s.

Por que usar EPI's

EPI’s são ferramentas de trabalho que visam proteger a saúde do trabalhador que utiliza os Produtos Fitossanitários, reduzindo os riscos de intoxicações decorrentes da exposição.
As vias de exposição são:
Inalatória (Nariz)


Oral (Boca)



Ocular (Olhos)



A função básica do EPI é proteger o organismo de exposições ao produto tóxico.
Intoxicação durante o manuseio ou a aplicação de produtos fitossanitários é considerado acidente de trabalho.
O uso de EPI’s é uma exigência da legislação trabalhista brasileira através de suas Normas Regulamentadoras. O não cumprimento poderá acarretar em ações de responsabilidade cível e penal, além de multas aos infratores.

  



Risco


O risco de intoxicação é definido como a probabilidade estatística de uma substância química causar efeito tóxico. O Risco é uma função da toxicidade do produto e da exposição.


Risco = f (toxicidade; exposição)


A toxicidade é a capacidade potencial de uma substância causar efeito adverso à saúde. Em tese, todas as substâncias são tóxicas, e a toxicidade depende basicamente da dose e da sensibilidade do organismo exposto. Quanto menor a dose de um produto capaz de causar um efeito adverso, mais tóxico é o produto.
Sabendo-se que não é possível ao usuário alterar a toxicidade do produto,
a única maneira concreta de reduzir o risco é através da diminuição da exposição. Para reduzir a exposição o colaborador deve manusear os produtos com cuidado, usar equipamentos de aplicação bem calibrados e em bom estado de conservação, além de vestir os EPI‘s adequados.



RISCO
TOXICIDADE
EXPOSIÇÃO
ALTO
ALTA
ALTA
ALTO
BAIXA
ALTA
BAIXO
ALTA
BAIXA
BAIXO
BAIXA
BAIXA
 


 Responsabilidades     
      


 














A legislação trabalhista prevê que:
É obrigação do empregador:              
·                     fornecer os EPI’s adequados ao trabalho
·                     instruir e treinar quanto ao uso dos EPI’s
·                     fiscalizar e exigir o uso dos EPI’s
·                     repor os EPI’s danificados
É obrigação do trabalhador:                
·                                             usar e conservar os EPI’s


Quem falhar nestas obrigações poderá ser responsabilizado
·                                                                    O empregador poderá responder na área criminal ou cível, além de ser multado pelo Ministério do Trabalho.
·                                                                    O funcionário está sujeito a sanções trabalhistas podendo até ser demitido por justa causa.
É recomendado que o fornecimento de EPI’s, bem como treinamentos ministrados, sejam registrados através de documentação apropriada para eventuais esclarecimentos em causas trabalhistas.



Os responsáveis pela manipulação devem ler e seguir as informações contidas nos rótulos, bulas e das Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQ) fornecidas pelas indústrias, quais são os EPI’s que devem ser utilizados para cada produto.
O papel do Engenheiro ou do Técnico de Segurança é fundamental para indicar os EPI’s adequados, pois além das características do produto, como a toxicidade, a formulação e a embalagem, o profissional deve considerar os equipamentos disponíveis para as etapas da manipulação e as condições da lavoura, como o porte, a topografia do terreno, etc.


Lavagem e manutenção        
Os EPI’s devem ser lavados e guardados corretamente para assegurar maior vida útil e eficiência. Os EPI’s devem ser lavados e guardados separados das roupas comuns.


Lavagem
As vestimentas de proteção devem ser abundantemente enxaguadas com água corrente para diluir e remover os resíduos dos componentes químicos utilizados nas Linhas de Produção ou da calda de pulverização, utilizada no campo.
A lavagem deve ser feita de forma cuidadosa, preferencialmente com sabão neutro (sabão de coco). As vestimentas não devem ficar de molho.
Em seguida as peças devem ser bem enxaguados para remover todo o sabão.

O uso de alvejantes não é recomendado, pois poderá danificar a resistência das vestimentas.
As vestimentas devem ser secas à sombra, para usar máquinas de lavar ou secar, consulte as recomendações do fabricante.


As botas, as luvas, os óculos e a viseira devem ser enxaguados com água abundante após cada uso. É importante que o ÓCULOS e a VISEIRA NÃO SEJAM ESFREGADAs, pois isto poderá arranhá-las, diminuindo a transparência.


Os respiradores ou máscaras devem ser mantidos conforme instruções específicas que acompanham cada modelo. Respiradores com manutenção (com filtros especiais para reposição) devem ser descontaminados e armazenados em local limpo. Filtros não saturados devem ser envolvidos em uma embalagem limpa para diminuir o contato com o ar.


Reativação do tratamento hidro-repelente:
Testes comprovam que quando as calças e jalecos confeccionados em tecido de algodão tratado para tornarem-se hidro-repelente são passados a ferro (150 a 180°C), a vida útil é maior. Somente as vestimentas de algodão podem ser passadas a ferro.
Descarte:
A durabilidade das vestimentas deve ser informada pelos fabricantes e checada rotineiramente pelo usuário. Os EPI’s devem ser descartados quando não oferecem os níveis de proteção exigidos. Antes de ser descartados, as vestimentas devem ser lavadas para que os resíduos do produto fitossanitário sejam removidos, permitindo-se o descarte comum.
Atenção: as vestimentas de proteção desgastadas devem ser rasgadas para evitar a reutilização.

 Mitos


Existem alguns mitos que não servem mais como desculpa para não usar EPI’s:


EPI’s são desconfortáveis
Realmente os EPI’s eram muito desconfortáveis no passado, mas atualmente existem EPI’s confeccionados com materiais leves e confortáveis. A sensação de desconforto está associada a fatores como a falta de treinamento e ao uso incorreto.


O Colaborador ou Aplicador do campo não usa EPI’s
O trabalhador recusa-se a usar os EPI’s somente quando não foi conscientizado do risco e da importância de proteger sua saúde. O profissional exige os EPI’s para trabalhar. Ex.: na década de 80 quase ninguém usava cinto de segurança nos automóveis, hoje a maioria dos motoristas usam e reconhecem a importância.


EPI’s são caros
Estudos comprovam que os gastos com EPI’s representam, em média, menos de 0,05% dos investimentos necessários. Alguns casos como a soja e milho, o custo cai para menos de 0,01%. Insumos, fertilizantes, sementes, produtos fitossanitários, mão-de-obra, custos administrativos e outros materiais somam mais de 99,95%. O uso dos EPI’s é obrigatório e não cumprimento da legislação poderá acarretar em multas e ações trabalhistas.
Precisamos considerar os EPI’s como insumos agrícolas obrigatórios.



Considerações Finais                


O simples fornecimento dos equipamentos de proteção individual jamais será capaz de proteger a saúde do trabalhador e evitar contaminações. Incorretamente utilizados, os EPI’s podem comprometer ainda mais a segurança do trabalhador.
Acreditamos que o desenvolvimento da percepção do risco aliado a um conjunto de informações e regras básicas de segurança são as ferramentas mais importantes para evitar a exposição e assegurar o sucesso das medidas individuais de proteção a saúde do trabalhador.
O uso correto dos EPI’s é um tema que vem evoluindo rapidamente e exige a reciclagem contínua dos profissionais que atuam na área de ciências agrárias através de treinamentos e do acesso a informações atualizadas.
Bem informado, o profissional de Segurança no Trabalho, poderá adotar medidas cada vez mais econômicas e eficazes para proteger a saúde dos trabalhadores, além de evitar problemas trabalhistas.



Higiene            


Contaminações podem ser evitadas com hábitos simples de higiene.
Os produtos químicos normalmente penetram no corpo do manipulador através do contato com a pele. Roupas ou equipamentos contaminados deixam a pele do trabalhador em contato direto com o produto e aumentam a absorção pelo corpo. Outra via de contaminação é através da boca, quando se manuseiam alimentos, bebidas ou cigarros com as mãos contaminadas.

Procedimentos importantes para evitar contaminações:
Lave bem as mãos e o rosto antes de comer, beber ou fumar;
  • Ao final do dia de trabalho, lave as roupas usadas no manuseio ou na aplicação,separadas dasroupas de uso da família;
  • Tome banho com bastante água e sabonete, lavando bem o couro cabeludo, axilas, unhas e regiões genitais;
  • Use sempre roupas limpas;
  • Mantenha sempre a barba bem feita, unhas e cabelos bem cortados.
  • Faça revisão periódica e substitua os EPI estragados.
Transporte          


O transporte de produtos fitossanitários exige medidas de prevenção para diminuir os riscos de acidentes e cumprir a legislação de transporte de produtos perigosos.
O desrespeito às normas de transporte pode gerar multas para quem vende e para quem transporta o produto.
Procedimentos para o transporte de produtos fitossanitários:
  • ·                     O veículo recomendado é do tipo caminhonete e deve estar em perfeitas condições de uso (freios, pneus, luzes, amortecedores, extintores etc);
  • ·                     As embalagens devem estr organizadas de forma segura no veículo e cobertas por uma lona impermeável, presa à carroceria;
  • ·                     Nunca transporte embalagens danificadas ou com vazamentos;
  • ·                     É proibido o transporte de produtos fitossanitários dentro das cabines ou na carroceria, quando esta transportar pessoas, animais, alimentos, rações ou medicamentos;
  • ·                     O transporte de produtos fitossanitários deve ser feito sempre com a nota fiscal do produto e o envelope de transporte;
O transportador deverá receber do expedidor (fabricante ou revendedor) as informações sobre o produto, o envelope para transporte e a ficha de emergência para transporte;

  • ·                     Quando o produto for classificado como perigoso para o transporte (ficha de emergência com tarja vermelha), a nota fiscal deve ter informações como o número da ONU, nome próprio para embarque, classe ou sub-classe do produto, além do grupo de embalagens;
  • ·                     Dependendo da sua classificação, cada grupo de embalagem pode apresentar uma quantidade isenta (limite de isenção) para o transporte.
A seguir, veja quais são das exigências adicionais para transportar produtos perigosos em quantidades acima dos limites de isenção:
  • ·                     Motorista deve ter habilitação especial;
  • ·                     Veículo deverá portar rótulos de riscos e painéis de segurança;
  • ·                     Kit de emergência contendo EPI (equipamentos de proteção individual), cones e placas de sinalização, lanterna, pá, ferramentas, etc.

Primeiros socorros em caso de acidentes         


Via de regra os casos de contaminação são resultado de erros cometidos durante as etapas de manuseio ou aplicação de produtos fitossanitários e são causados pela falta de informação ou displicência do operador. Estas situações exigem calma e ações imediatas para descontaminar as partes atingidas, com o objetivo de eliminar a absorção do produto pelo corpo, antes de levar a vítima para o hospital.
Procedimentos básicos para casos de intoxicação:   
  • ·                     Descontamine a pessoa de acordo com as instruções de primeiros socorros do rótulo ou da bula do produto;
  • ·                     Dê banho e vista uma roupa limpa na vítima, levando-a imediatamente para o hospital;
  • ·                     Toda pessoa intoxicada deve receber atendimento médico imediato;
Ligue para o telefone de emergência do fabricante, informando o nome e idade do paciente, o nome do médico e o telefone do hospital.